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Mancha de óleo em praia nordestina

PF calcula dano mínimo de R$ 188 milhões por vazamento de óleo e indicia gregos

Na última quinta-feira (2), a Polícia Federal concluiu a investigação sobre o vazamento de óleo que atingiu praias de 11 estados nordestinos entre 2019 e 2020, e indiciou a empresa, um comandante e um chefe de máquina de um navio grego, apontado como responsável pelo despejo de material na costa brasileira.

 

De acordo com a PF, em seu relatório final, foi calculado um dano mínimo de R$ 188 milhões para governo federal. Também foi feito um laudo do valor total, que vai considerar outros fatores como o prejuízo às comunidades pesqueiras e ao turismo.

 

A investigação coletou indícios de que o navio NM Bouboulina, de bandeira grega, foi responsável pelo vazamento e que a empresa Delta Tankers, o comandante Konstantinos Panagiotakopoulos e o chefe de máquinas Pavlo Slyvka deixaram de comunicar às autoridades o lançamento do material no oceano.

 

O vazamento de óleo nas praias nordestinas ocorreu no final de 2019 e seguiu até o primeiro semestre do ano seguinte, se espalhando por uma faixa de mais de 2 mil quilômetros. Segundo o IBAMA, a estimativa é que 5 mil toneladas de resíduos tenham sido recolhidas em 1.009 localidades dos 11 Estados atingidos pelo derramamento de óleo.

 

A pesquisa forense rápida e precisa, realizada no LEPETRO/IGEO/UFBA apontou a origem geoquímica do petróleo, fundamental para o início da investigação policial. Pesquisadores do POSPETRO/IGEO/UFBA contribuíram nas investigações sobre a origem do óleo, e ainda estão trabalhando em projetos de pesquisa para ajudar no estabelecimento de protocolos para avaliação de zonas costeiras impactadas, e aplicação de biotecnologias para remediação.

 

Fonte: Folha de S. Paulo